Existe na Índia uma infinidade de formas de dança assim como um infinito número de Deuses.
Da mesma forma que se acredita que o Hinduísmo é politeísta, quando na verdade é um sistema monoteísta no qual são adoradas todas as possíveis formas de Deus, a dança também origina-se de uma única escritura que dá origem a muitas formas, ou estilos, de dança.
O nome dessa escritura é Natya Shastra e sua autoria é atribuída ao Deus Brahma (o Deus da Criação) que depois de elabora-lo o transmitiu ao sabio Bharatha. É considerada como sendo o quinto Veda (os Vedas são 4 e são a base do Hinduísmo)
Originalmente, de acordo com o Natya Shastra, a dança estava incluída dentro do teatro e seus propósitos eram como se segue:
1- Como uma forma de educar o público, literalmente: "Eu criei o Natya Veda (outro nome para o Natya Shastra) para mostrar boas e más ações e sentimentos de ambos Deuses e Demônios"..."ele concede paz para as pessoas aflitas por tristeza ou cansaço ou sofrimento ou desamparo. Não existe arte, conhecimento, yoga ou nenhuma ação que não seja encontrada em Natya."
2- Como uma forma de puro entretenimento, literalmente: "Realmente, Nrtta não carrega nenhum significado, mas cria beleza (atração) à uma performance. Geralmente, as pessoas gostam de dança."..."É também para diversão".
3- Como uma forma de bênção, literalmente: "Também é considerado como sendo auspicioso se apresentado em ocasiões como casamentos, batizados, recepções, festividades."
4- Como um forma de adoração, literalmente: "Mas Deus (Shiva) disse à Tandu para usar a dança para as canções 'mas use-a como forma de adoração aos Deuses'".
Portanto, fica claro quando estudamos o Natya Shastra e, quando temos a direção de um Guru, que a dança é uma das mais complexas e completas formas de arte.
Atualmente existem sete estilos considerados clássicos na Índia:
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